Fins (Bianca Andrade)
Se eu te contar que não estou preparada para te ver partir
Entenderás a minha prece?
Se eu só te olhar, silenciar...
Alcançarás as minhas orações?
Penso que não!Pois nem eu compreendo o que te digo
Em suplicos, apenas sinto
E por agirmos com apropriação, os eus gritam e paralisamos
Ficamos surdos, cegos, sem olfato e sem motivos... Mudos!
O lamento é ver alguém que amamos ir
Ou seria a apresentação do egoísmo?
Sair de um romance, de uma vida... Esvair-se!
A primeira vez ou mais uma vez?
É chegada a hora de deixar
Se desfazer da carne, esquecer das hipóteses
E neste adeus, perceberás que ninguém é dono
Nem de si, nem do outro... Muito menos da eternidade!
Quem sabe aí estejam as respostas
As idas e vindas... O diagnóstico!
Paz? Inferno?
- O Abstrato!
Gentilmente me despeço
Eu sigo e tu prosseguirás
Não posso lamentar!
Talvez, amanhã, a fé retornará
Esperança para ti, tranquilidade para mim
E assim, flutuamos...
Sem dor, sem começos, sem fins
Ou tudo seria uma letal anestesia de um inocente engano?
[Quem sabe... Amor!]
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