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terça-feira, julho 22, 2014

Andar na corda bamba é a moda neste verão

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Esportes radicais, como slackline, skate, patins e longboard ganham cada vez mais espaço na paisagem urbana de Macapá, principalmente no centro da cidade. Carregadas de adrenalina, essas práticas têm adeptos apaixonados, cheios de energia, e de todas as idades, que exploram o limiar das ruas e do próprio corpo. Este ano, a Prefeitura de Macapá inseriu as modalidades na programação do Macapá Verão, na Estação Radical, e está sendo um sucesso.

O Estação Radical acontece todos os domingos do Macapá Verão, ocupando a Praça Veiga Cabral e a Rua Cândido Mendes, no Centro. A execução é de iniciativa do grupo Amazônia Slackline, que tem à frente o jovem Alexsander Araújo, 22 anos, em parceria com a prefeitura, por meio da Coordenadoria Municipal de Juventude (Comjuv).

A praça e a Cândido Mendes foram ocupadas e ganharam vida. Na pista, ouvia-se o som dos skates manobrados com precisão. A praça parecia um parque de brinquedo para adultos a céu aberto. Cordas espalhadas - praticantes de todas as idades, um mais corajoso que o outro; venda de lanches - famílias e amigos fazendo piquenique, literalmente, com direito a lençol estendido na grama; muitas crianças; diversão; encontro de amigos e curiosos, ao som potente de canções apropriadas para a ocasião. Tudo muito organizado.


Na corda Bamba

Dentre todas as modalidades, o protagonismo vai para o slackline, ou corda bamba. Nesse esporte, o praticante ousa nas performances, com doses extras de coragem e de equilíbrio, sobre uma fita tubular - aquela usada por escaladores – fixada em dois pontos fixos.

Em Macapá, o esporte ganhou corpo a partir da atuação de Alexsander Araújo, um dos primeiros a ser premiado fora do estado; ele é bicampeão nas modalidades profissional e amador, e inspiração para uma legião. “O movimento é fantástico, estou realizado, porque não temos um espaço próprio para a prática, por isso, receber apoio do poder público foi muito importante. Pessoalmente, nunca tinha visto nenhum governo unir tanta gente do esporte radical. O que queremos é isso, ocupar os espaços, as praças, a cidade, e mostrar a nossa arte, porque é isso: esportes radicais são cheios de arte”.


Anos mais velho que Alexander, Maycon Tosh estava concentrado, sentado no chão, só paparicando o filho, também campeão. “Não tenho pique para isso, mas sempre que posso acompanho o meu filho, porque é um esporte lindo, e ele é muito bom no que faz. Por isso, o reconhecimento fora do estado”.

O filho, que tem o nome do pai, Edgar Filho, disse que aprendeu o que sabe com o Alexsander, e que o esporte começou a se expandir em 2012. Hoje, o cenário é de efervescência. “Não se pode ter medo, lidamos com adrenalina nas alturas, que nos faz esquecer os problemas. O importante é vencer desafios e nossos próprios medos, é um exercício de mente e corpo em união. Além disso, é um encontro social, nossa tribo se encontra”.

Poucos esportes trabalham tanto o equilíbrio corporal quanto o slackline, modalidade que chegou ao Brasil pelas praias cariocas no começo do ano. O desafio é andar, pular, girar, pelo maior tempo possível (sem cair) sobre uma fita presa pelas extremidades em bases fixas, como árvores, postes ou carros. O esporte trabalha o corpo todo, desenvolvendo a concentração e ajudando na melhora da postura.

Dicas para fazer bonito sobre a fita:

· apoie a sola inteira dos pés na base;
· fixe o olhar em um ponto à sua frente;
· abra os braços até a direção dos ombros, no máximo;
· use uma roupa confortável e que não prenda os movimentos.

Com essa iniciação, agora é só se preparar para o próximo domingo, porque tem mais Estação Radical, a partir das 13h, na Praça Veiga Cabral. E a programação será reforçada com a galera do judô e da capoeira.

Rita Torrinha/Asscom PMM
Fotos: Márcia do Carmo

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