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segunda-feira, maio 28, 2012

Cooperativa era usada para desviar dinheiro da Assembleia Legislativa do Amapá

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O diretor financeiro da Cooperativa de Transportes Leves e Pesado (Cootran), Sidney Jorge Gonçalves, confirmou ao Ministério Público Estadual do Amapá (MPE-AP) que seu nome foi falsificado no endosso a cheques pagos pela Assembleia Legislativa por supostos serviços prestados ao parlamento amapaense.

De acordo com documentos recolhidos pelo MPE na Operação Eclésia, entre janeiro a novembro de 2011 a Cootran, recebeu R$ 3.375.000 da Assembleia Legislativa. Sidney Gonçalves, no entanto, assegura que, além de não ter endossado nenhum cheque da Assembleia, não sabia da existência de nenhum contrato com a instituição.

Do montante pago pela Assembleia à Cootran em 2011, o MPE teve acesso a cinco cheques recebidos pela cooperativa que somam R$ 1,5 milhão. No verso dos documentos, que precisam ser endossados para o saque dos valores, aparece a assinatura de Sidney Jorge Gonçalves.

No entanto, Sidney Gonçalves enfatizou que nunca assinou nenhum cheque emitido pela Assembleia. Após tomar o depoimento do diretor financeiro, os promotores que investigam o caso afirmaram que as assinaturas são bem diferentes.

Apesar das disparidades nas assinaturas, um dos cheques, no valor de R$ 446.000, foi sacado sem problemas no dia 22 de novembro de 2011.

"Colocaram o meu nome no cheque, com a assinatura que eu verifiquei e não é minha, falsificaram a minha assinatura em alguns cheques e sacaram o dinheiro com essa assinatura. No caso, o banco não conferiu a assinatura, não verificou, pagou o cheque e eu estou aqui para prestar esclarecimentos a respeito dessa situação que está envolvendo o meu nome", disse Sidney Gonçalves aos promotores.


Assista a matéria do Bom Dia Brasil, da TV Globo, sobre isso no endereço: 


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