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sábado, maio 19, 2012

O dia que o Bedran arrebentou com o professor perseguidor

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Se tem uma coisa que adoro quando bebo cervejas no Bar da Euda é escutar as ‘estórias’ do meu amigo Fernando Bedran. Fernandinho é um sábio malandro, no bom sentido, claro. Por conta de seus causos, devaneios e pontos de vista paid’éguas, meu irmão, Emerson Tavares, diz que o Bedran “é melhor que tira-gosto de charque para tomar umas cervas”.

Durante uma de nossas conversas regadas a cerveja, Fernandinho, que é contra qualquer tipo de violência, contou que, certa vez, precisou usar a força. Segundo ele, em uma fase de nossas vidas é preciso "botar quente".

Bedran contou-me que tinha vinte e poucos anos, na década de 80, e trabalhava no Ver-o-Peso, velho centro comercial de Belém (PA), e estudava à noite. Por causa de suas atribuições profissionais, faltava muito às aulas. 

Por conta disso, um professor começou a perseguir o nobre amigo, que explicou a situação ao educador, que se manteve irredutível. Para completar, o tal docente da escola que Bedran estudava o ridicularizava na frente dos colegas de classe. Comportamento que, segundo Fernandinho, era comum com todos os alunos, mas acentuado em relação ao Fernando.

“O cara era um “pentelho escrotal arruinado”, um verdadeiro “cri-cri”, desabafou Fernandinho”.

Passados alguns meses naquela patinhagem, Bedran se aporrinhou com a maquinagem pesônica do professor em relação a ele. E foi indagar o educador, que logo lhe disse: “quer saber, você não assistirá mais minhas aulas. Fora daqui!”.

Fernando disse que tentou e tentou, sem sucesso, resolver a situação. A reprovação era certa, já que ele não frequentava mais as aulas do nojento professor. Foi quando ele foi meditar no boteco, depois de um dia de trabalho, e decidiu cancelar sua matrícula.

Ao adentrar na escola, rumo à secretaria, Fernando Bedran passou pela sua turma e lá estava o dito cujo dando aula. Ao olhar para o professor, o debochado abriu um cínico sorriso, com um estranho ar de vitória e superioridade.

Foi quando Fernando Bedran explodiu e disse:

“Grande corno filho da puta e desconfio que és pederasta. Mete a cara que eu vou te dá-lhe é porrada! “

Aí ele fez a merda:

“Elton, dei uma mina de porrada no filho da puta. E tu pensas que a galera apartou? Porra nenhuma! O pessoal vibrou com a surra que dei no frescão”, vibrou Fernandinho (e eu também!).

Resultado: Bedran foi expulso da escola, mas com a alma lavada. É, como ele mesmo disse no início da ‘estória’: “é preciso "botar quente". Boto fé!

Essa foi só uma das inúmeras aventuras do Fernandinho, figuraça que alegra nossas noites quentes, assim como as cervejas geladas.

Vida longa ao espirituoso Bedran, dono de um dos melhores papos que conheço, principalmente nos botecos da cidade.

Elton Tavares

Um comentário:

  1. Lendo, parece que ví..srs...boa!
    Já passei uma situação parecida. Por conta de debilidade física (cirurgia no joelho), fiquei devendo uma atividade avaliativa na unifap. Quando fui entregar, o professor mandou que protocolasse e esperasse toda a burocracia,,,mas adiantou: "Não vou avaliar, vais ficar sem nota". Acontece que o filho da puta veado acabara de receber de duas moças (bonitinhas) e o meu (macho) ele não quis receber. Rapá, levantei ele pelo colarinho e quando estava prestes a dá-lhe aquele foguete, um amigo segurou meu braço e soltei em seguida o desgraçado. Resultado: Fiquei no semestre.
    Tempos depois fui pagar a disciplina com o mesmo FDP que, depois de um papo, ficou meu amigo...srs

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