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segunda-feira, junho 25, 2012

Fuja antes que Neruda te alcance

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Quando bate aquela vontade de mudar o visual, se algo internamente não vai bem é uma ótima forma de ver a vida por outro ângulo, aquele que seja novo até para você mesmo. 

Às vezes olhar para o espelho e ver um rosto novo faz um bem danado que nem sempre fica só no espelho. Te dá um novo gás e talvez até segurança extra, um jeito sutil de dizer que as mudanças são bem vindas.

Porém, (sempre há “poréns”), não era para alguém em específico, mas o sentimento de estar tudo ok consigo sai pelos poros e os hormônios farejam coisas dessa natureza. Gostei dessa constatação bem “animal”.

E, sabe como é uma conversa legal, sem o frio na barriga e medo do que falar, nem a necessidade de agradar e quando menos se espera surge aquele pedido: “Me dá um beijo”?

Para tudo! Aquele silêncio tão comunicante... Por que as perguntas existem nesses momentos, não seria mais simples criar um clima e esperar rolar? São segundos que parecem minutos e você pensa no que pensar. Não seja uma estraga prazeres, não fale algo ambíguo, não estrague tudo. Pensar em algo rápido, mas não dá. Aff! Deixa fluir...

Beijo, beijo, beijo... Um beijo. Tá tudo bem, é um beijo. Como negar depois de uma conversa onde a ênfase foi “aproveitar as oportunidades que a vida te oferece”. “Viver o agora”... Qualquer comportamento contrário a essas colocações seria a total incongruência e vestida de hipocrisia para passear.

Abrir os olhos por segundos e perceber que o vidro embaçou! Nossa!!!! 

Mas, era para ser só um beijo. 

Melhor parar tudo, ainda estou no controle, no meu controle. Para o automóvel que quero descer. 

Neruda que me perdoe, mas por hora “morrerei lentamente por evitar uma paixão”. Por agora não. Vou me deleitar nas contradições que fazem parte das minhas elucidações. Ser pega de surpresa é um jeito que a vida tem de demonstrar que eu não mando em nada, que ela faz de mim o que quiser. Contudo, insisto em teimar, mesmo essa nova eu, não tem perfil de submissa... Num contexto geral, isso é tão bom.

Hellen Cortezolli

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