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terça-feira, setembro 24, 2013

Discos que formaram meu caráter (Parte 27) - Wezzer (Blue Álbum)- Wezzer (1994)- Por Marcelo Guido

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Muito bem moçada, voltando depois de longas e propositais férias de verão, estamos de volta com nossa programação normal. Prometo não abandona-los mais e me sinto em divida com vocês.

Sem mais “frescurites”, partiremos sem escalas rumo ao mundo da música, discos e afins. Nossa muito louca nave ou como queiram “maquina do tempo” nos leva ao ano de 1994.

Sem gritos de “É TETRA, É TETRA, É TETRA”, sem gravatinha com bandeira dos Estados Unidos e muito menos Pelé (ou o Edson) pendurado no meu pescoço, volto do inferno e lhes apresento (que rufem os tambores)...WEZZER (BLUE ÁLBUM). Palmas pra ele.

Como já disse corria o ano de 1994, começo dos belos anos 90. Sim o Grunge já tinha dado as caras, o ano dourado “1991” já havia passado e música começa a engatinhar no esquema digital. Foi o fim precoce das saudosas k7s (muito conhecidas como fitas). O magistral Vinil começava a entrar na escuridão (para depois ressurgir) dando espaço para o CD e realmente ganhando em tecnologia mais perdendo em charme (hummmm). Nesse cenário aparece um bando de nerds, que resolvem colocar em pratica seu plano e assim conquistar uma infinita quantidade de fãs, primeiro na Califórnia e depois em todo globo o Wezzer dava as caras.

Na batalha desde 1992, os caras não pegaram o bonde andando. Sim, com suas letras simples, temática engraçada e realmente comum, que ia da saudável vida adolescente ate shows do Gree Day  os caras já davam o que falar no underground (não o bar do Tassio) californiano.

O tiro para o reconhecimento mundial se deu com essa fantástica bolacha, que seguia um preceito básico, álbum de estreia  auto intitulado “Wezzer” e depois batizado pelos fãs como “Blue Álbum”, lindo isso.  Sem mais delongas vamos dissecar esse belo artefato:

O disco começa com a salutar “May Name is Jones”, com uma guitarra e bateria forte é um bom começo de disco, sim quem escuta esses primeiros acordes com certeza vai lembrar de Ramones pela simplicidade que é colocada, a letra simplista fala da vida urbana que leva um tal de Jones. Entra sem pedir licença “No One Else”, com uma levada mais curtida e muito pra frente da o ar “pop”, para os caras a letra fala sobre um cara que foi abandonado por uma garota. 

Segue com “The World Has Turned And Left Me Here”,  uma ode ao inconformismo adolescente, as mudanças no mundo e a solidão. Continua com “Buddy Holly”, o roqueiro dos anos 50 batiza essa bela canção sobre um amor platônico (reza a lenda que o vocalista da banda nutria um sentimento por uma garota asiática no colegial). 

Avança com “Undone-The Sweater Song” a raiva constante de se matar um velho suéter (isso mesmo). Prosegue com “Surf Wax America” com letra rimada e instrumentos bem colocados uma comparação esdruxula de guiar um carro e surfar, são metáforas do cotidiano. Em “Say It Ain`t So”, letra romântica, com interjeições musicais de peso, possante. 

Vai para “In The  Garage” , uma singela e “caipiresca” gaita, abre a musica que conta a história da banda, entre livros de RPG e shows do KISS, mais nerd impossível. “Holyday” essa bela canção de amor que se passa em um feriado e termina tudo com a singular e também romântica “Only In Dreans”.

Sem duvidas o Wezzer saiu para dar a cara à tapa e foi muito feliz em sua investida, seus fãs estão por ai para provar isso. Esse disco por falar de histórias comuns a qualquer pessoa (basta que se tenha um suéter para matar) merece com muito orgulho e honras militares sua medalha de clássico. 

Tenho um carinho especial por esse disco, ganhei um exemplar do meu velho pai. Que tinha recebido a incumbência de trazer de uma viagem o “Three Imaginary Boys” do The Cure e me presentou com um marco do “Rock Alternativo” no esquema “ ...Não tinha aquele que tu pediu, a vendedora falou que esse é parecido”. Bela errada pai.

Com certeza um dos melhores discos dos anos 90, cumpre sem duvida alguma função magistral de te alegrar em um dia triste.

No mais é só. Semana que vem se não rolar nada estaremos de volta.

Marcelo Guido é Punk e Pai da Lanna. “ É Chu, aja oque ajar...”
    

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