Ontem (25), descobri tardiamente que o filme Faroeste Caboclo, adaptação ao cinema da música da banda Legião Urbana, é uma merda. Assisti ao longa com minha namorada, que também é fã de Renato Russo e o resultado foi frustrante.
A saga retratada na música foi escrita por Renato Russo em 1979, apesar de ter sido incluída apenas no álbum de 1987 da Legião, Que País É Este. Faroeste Caboclo conta a história de João de Santo Cristo, que sai de Salvador (BA) e vai para Brasília (DF), onde começa a traficar drogas.
Em Brasília, ele se apaixona por Maria Lucia e se envolve em uma disputa com Jeremias, outro traficante. O roteiro foi escrito por Marcos Bernstein (O Outro Lado da Rua) e Victor Atherino. A direção é do estreante em longas René Sampaio. A produção da Gávea Filmes e da Globo Filmes foi distribuída pela Europa Filmes. Ou seja, de repente sob uma má influência dos boyzinhos da cidade, esse pessoal fez um trabalho porco com a obra do saudoso Renato Russo.
As performances de João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira) com Maria Lúcia (Isís Valverde) e Jeremias (Felipe Abib) são ridículas. Aliás, Jeremias é realmente um sem vergonha, lembra um vilão de Malhação (não assisto o seriado global, mas deve ser horrível).
O filme não é bom pra capitão, traficante, playboy ou general. Aliás, pra ninguém. O Renato deve ter ficado muito puto com o resultado. Os diálogos são pobres e o roteiro pior ainda. Temos que preencher o silêncio com nossas memórias afetivas e domínio da letra da canção (há partes silenciosas demais no filme). Sem falar que muita coisa faltou no roteiro, de acordo com a música. Adaptação mal feita, isso sim.
O filme não é a Roconha, mas fez todos nós, fãs, dançarmos. Quem o produziu tinha uma história PHoda para fazer um filme caralísticamente bom. Não rolou. Ainda bem que não fui ao cinema (por falta de tempo) ver essa porcaria. É isso.
Elton Tavares
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