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sábado, junho 02, 2012

II Marcha das Vadias é hoje

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“Porque nem toda feiticeira é corcunda...”(Pagu - Zélia Duncan e Rita Lee)

Em fevereiro de 2011, uma mulher, vítima de estupro no Canadá, foi acusada por policiais, aqueles mesmos que deveriam protegê-la, de merecer o estupro porque se vestia como uma “vadia”. O caso tomou uma repercussão muito grande e mobilizou na cidade de Toronto, no Canadá, cerca de 3.000 pessoas no que foi chamado de Slut Walk, ou Marcha das Vadias.

A Marcha da Vadias é um movimento internacional que em várias partes do mundo passou a ser organizado pra combater a idéia de que uma mulher que se veste de maneira sensual ou exerce sua sexualidade de maneira libertária merece ser estuprada. A Marcha entende que nós mulheres devemos agir de acordo com aquilo que nos deveria ser garantido pelo Estado: liberdade de expressão, mas acima de tudo LIBERDADE.

O ponto principal é trabalhar a re-significação dos diversos termos pejorativos que são usados recorrentemente para fazer referência às mulheres.  Esses termos trazem um valor simbólico negativo, carregado de preconceitos e estereótipos femininos que são combatidos pelos movimentos de mulheres feministas em todo o mundo.

Hoje a Marcha percorre vários continentes, países e cidades levantando questionamentos acerca de pautas importantes para o movimento de mulheres. Entre elas o combate à pedofilia, ao tráfico de mulheres, à violência de qualquer natureza contra a mulher, as discussões acerca da descriminalização do aborto, a mercantilização da imagem da mulher pela mídia, etc.

A Marcha chegou à Macapá através de estudantes que participaram em julho de 2011, no Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), da Marcha das Vadias em Goiânia. A partir do contato com as organizadoras nacionais da marcha, principalmente através das redes sociais, o desejo de realizar o evento aumentou, e à medida que a Marcha foi ganhando projeção pelo Brasil e nas várias tantas partes do mundo em que acontece, também ganhou corpo no Amapá.

No estado a construção vem sendo feita de maneira plural, agregando diversos segmentos da sociedade. Movimentos de mulheres, coletivos e grupos de atuação cultural, midialivristas, sindicatos, associações, federações, partidos políticos, entidades estudantis, coletivos de movimento estudantil, etc. vêm num processo de discussão e organização que visa promover um debate amplo, democrático e comprometido com as causas das mulheres do mundo.

A Marcha das Vadias acontece no dia 02 de Junho, concentração Praça Floriano Peixoto às 15 horas, saída às 16 horas rumo à Praça do Coco.

O evento termina com vários shows musicais, performances teatrais e de poesia com artistas de vários coletivos independentes da cidade.

Por: Rebecca Braga
Comissão organizadora da Marcha das Vadias AP
(slutwalkap@gmail.com 81190676/91116333)

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