A Desembargadora Sueli Pini, coordenadora do “Programa Justiça Preventiva na Escola: Incluir e educar para não precisar responsabilizar”, esteve presente a mais uma reunião com professores da Escola Estadual Reinaldo Damasceno, para participar da atividade “Círculo de diálogo-Elaboração de Plano de Construção de Cultura da Paz na Escola”, promovida pelo Ministério Público Estadual.
Na oportunidade foram discutidos, além dos motivos que levam alunos a cometerem infrações, que vão da simples agressão física até a lesão corporal de natureza grave, as medidas preventivas que devem ser adotadas para evitar a violência nas escolas que cresce dia a dia e preocupa tanto educadores quanto as autoridades.
Segundo a professora Suzane Alencar, a falta religiosidade na vida de alguns alunos, também contribui para o aumento das infrações nas escolas. Acrescenta também, que essa iniciação, seja qual for a religião, deve começar dentro de casa, com os pais.
“Essa divisão de responsabilidades que nós docentes conseguimos concretizar por meio das parcerias com Justiça do Amapá, Ministério Público estadual, Unifap e Defensoria Pública, é de vital importância para a redução da violência nas escolas e também, para a valorização dos profissionais da educação, que hoje estão reféns da intolerância”, ressaltou a professora.
Outro ponto debatido nas dinâmicas de grupo realizadas entre os professores da Escola Estadual Reinaldo Damasceno, foi a venda e o consumo de drogas dentro e fora do estabelecimento de ensino.
“Está se tornando preocupante, cenas de aluno assistindo aula drogado. Isso tudo bem debaixo do nosso nariz, na nossa frente. E a sensação de impotência toma conta de todos nós, professores, porque infelizmente não podemos fazer nada. As ameaças e intimidações são constantes. Trabalhamos sempre com receio de que algo de ruim possa acontecer com a gente. É terrível”, disse a professora Eriane Ribeiro.
“Programa Justiça Preventiva na Escola” desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Amapá, tem como meta capacitar grupos de professores, técnicos e prestadores de serviços das escolas localizadas em todo o Estado, para serem mediadores de conflito.
“Não vamos desistir nunca dos nossos jovens. Onde houver uma escola, uma sala e um aluno, a Justiça do Amapá vai estar sempre presente. A educação é igual a uma semente que plantada na terra e bem cuidada e regada todos os dias, tende a dar bons frutos. E esse é o nosso foco principal. Contribuir para formação de futuros cidadãos e cidadãs”, concluiu a Desembargadora Sueli Pini.
Texto: Sérgio Bringel
Fotos: Adson Rodrigues
Asessoria de Comunicação do Tjap
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