Certa vez, batendo um papo legal com os amigos André Mont’Alverne, Rebecca Braga, Silvio Carneiro e Alexandre Brito, no Bar do Francês chegamos ao assunto do tal politicamente correto. Todos concordamos que todo esse blá, blá, blá realmente enche o saco.
Só para ficar bem claro, não sou racista, até porque sou negão, nem xenófobo, pois acredito que todos tem direito a morar e ter a mesma oportunidade que os nascidos aqui ou em qualquer lugar, muito menos homofóbico, afinal tenho uma porrada de amigos gays, que aliás são muito legais.
Mas neste admirável novo mundo "politicamente correto", em que você é idolatrado mais por ter grana ou poder do que ser gente fina e inteligente, não consigo digerir os parâmetros sociais “corretos” de ser um cidadão politicamente correto. Acho tudo isso uma tolice.
Possuo um número razoável de desafetos, pois defendo meus pontos de vista e não levo desaforo pra casa, apesar de admitir que em certos momentos sou até meio destemperado.
Procuro ser corretíssimo no trabalho, acredito que todos devemos seguir algumas regrinhas básicas em nossos respectivos ofícios. Falando nisso, durante o tal papo que levamos na mesa de bar, o Brito afirmou que a última fuga do politicamente correto é a charge. Concordo. Nos dias de hoje, se você escreve algo fora do modelo certinho e engessado te chamam logo de ofensivo ou depreciativo.
A intolerância é tanta que se você fala com sarcasmos, aparece logo algum fiscal da “corretice” e te detona. Canso de dizer que este blog é minha válvula de escape, para fugir dos escritos sérios, mesmo que, vez ou outra, eu misture seriedades nele.
O conceito da prática diz que: “O politicamente correto (ou correção política) é uma política que consiste em tornar a linguagem neutra em termos de discriminação e evitar que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista”.
Por exemplo, não tenho o falso pudor de rir de humor negro, piadas racistas, ou que sacaneiam deficientes ou até mesmo gays. Isso é ser inescrupuloso? Não concordo. Humor é humor e sempre será assim. Sei muito bem separar essas coisas. O incrível é que todo mundo que defende o politicamente correto, defende a liberdade de expressão. Se isso não for hipocrisia, eu não sei o que é.
Não to falando de chamar negros de macacos, achar que todo nordestino é burro, que todo evangélico é radical ou que todo homossexual deve ser colocado em algum tipo de gueto, longe de mim. Se você ri ou faz piadas de absurdos, isso não lhe faz canalha. Porque humor é humor, mas sacanear alguém agora é “bullying” não é mesmo?
Antigamente era só “encarnação”, tiração de barato ou zoação, como dizem lá fora, isso sim. Acho que tudo é válido, se não houver exageros. Vai do discernimento de cada um.
Eu lido muito bem com isso e você? Falar ou escrever besteira, brincar com amigos e afins não é pecado e, sinceramente, não me trás culpa alguma.
Eu lido muito bem com isso e você? Falar ou escrever besteira, brincar com amigos e afins não é pecado e, sinceramente, não me trás culpa alguma.
Fora do trabalho, ser politicamente correto é ser um chato. Pense nisso.
Ah, para quem achar que escrevi um monte de merda aí em cima, leia um dos mestres da Literatura marginal, Charles Bukowski. No livro Misto Quente, o velho safado arregaça com essa frescura de “corretice”.
*Texto repostado
Elton Tavares
*Texto repostado
Elton Tavares
boto fé Elton!
ResponderExcluirexatamente tudo o que penso.
esse papo de politicamente correto é censura disfarçada. e o foda é que essa caretice tomou conta de todas as coisas em todos os lugares. tudo se tornou "perigoso" e "ofensivo" hj em dia.
só gosto de coisas que me deixem chocado e me façam rever tudo o que penso. são essas que ficam na memória.
Realmente todo esse papo de politicamente correto enche o saco, no entanto temos que seguir algumas regras para viver(ou conviver) em sociedade mas quando se trata de humor, todo tipo de humor deveria ser valido desde que não seja depreciativo da imagem pessoal de determinada pessoa!!! E bem lembrado, no final do post vc cita que Henry Chinaski no livro "misto quente" é o típico cidadão "politicamente incorreto" mas não deixa de ser foda!!! :D
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