Chegou a vez de Macapá. Vamos pra rua!

Hoje (19), a partir das 16h, na Praça Bandeira, a população de Macapá, jovens, velhos, estudantes e trabalhadores, estão convocados para tomar manifestação de apoio contra o aumento da tarifa de transporte público Brasil afora. O ato público será também um protesto contra a falência dos serviços públicos, como Saúde, Segurança e Educação no Amapá. Além disso, será também uma mobilização contra a corrupção que assolou o Estado e o país.

Defendo o exercício da cidadania, até a quebra da ordem. O país está pegando fogo e isso demorou a acontecer. É lindo, de fato! Mas também defendo uma manifestação pacífica, sem violência ou depredação do patrimônio público. Outra coisa, o protesto das ruas precisa ir às urnas. Não adianta toda essa manifestação e em 2014 a coisa continuar como está.

O sentimento de insatisfação impulsiona o povo e tomara que a paciência com a corrupção tenha esgotado, mesmo. Mais uma coisa, é preciso que amanhã façamos uma manifestação apartidária, senão a coisa toda perde a legitimidade e virará um movimento de manobra política e partidária.

Eu estava lá, na época do "fora Collor", tinha 16 anos. Nem sabia ao certo o que acontecia, pois não era politizado o suficiente. A exemplo de muitos jovens que engrossam as fileiras de manifestantes no país, criticar é democrático, mas saber o porque é fundamental. Por outro lado (mais coerente), como disse minha namorada: é preciso ascender, pois eles sabem que o sistema está errado, ferrando com todo mundo.

Sobre isso, digo-lhes, cada estado tem sua pauta específica, além da luta macro, que é pelos direitos de cidadania em geral. Essa é uma revolução histórica. Desta vez, as elites vão ter que ceder à opinião popular.

O Brasil levantou-se contra a opressão, Sampa acendeu o pavio na braba, o Rio, que continua lindo, botou 100 mil na rua, Brasília (DF), assim como tantas outras capitais, foi tomada pela mobilização popular em favor dos direitos civis. Amanhã é nossa vez. Bora pra rua, Amapá!

“Sem saber que era impossível, ele foi lá e fez” (Jean Cocteau).

Elton Tavares