Alguns escritos são como uma necessidade louca de organizar pensamentos que de tão verborrágicos se não forem transcritos, podem resultar numa dor de cabeça horrorosa e acabar com a bipolaridade de qualquer um.
As pessoas com tal característica nem sempre escrevem para alguém em específico, ou um perfil, nada assim e, os textos mais gostosos de saborear nem sempre tem a intenção de agradar a todos. Tudo apenas flui.
Aliás, esse lance de querer agradar é tão irritante. Pensar no que os outros vão pensar escraviza até o mais descolado. E falar “egoisticamente” soa mais verdadeiro, bem como antipático, como poucas pessoas gostam de assumir. Eu gosto!
Enrolei um monte para falar egoisticamente direto com você. De um jeito bem sem cerimônia, do tipo que invade a sua casa, se esparrama no sofá e diz que você poderia ser alguém diferente se quisesse. Já pegou nojo? Rs rs.
Ainda falando sobre os pensamentos, experimentou lembrar a origem deles, fazer a viagem inversa?
Pára tudo! E, se de repente fosse possível não pensar em nada, ouvir o silêncio, tudo bem essa segunda opção é humanamente possível depois da terceira dose de absinto, vai por mim. Mas, e se fosse possível? O que o silêncio nos diria?
Ouvir tantos fatos ou hipóteses durante o dia te obriga a desejar outros tantos e, inteligência é artigo cada vez mais raro no mercado. Além de ser viciante, você quer sempre mais e aumentar a quantidade. Depois de um período longo exposto a esse item, você se torna menos vulnerável, mais exigente... E a liga não bate com facilidade.
Outro dia, meu vazio costumeiro atingiu escalas maiores que o aceitável, então busquei qualquer inspiração que ocupasse minha mente, prendesse meus pensamentos, nem sempre bons e/ou aproveitáveis pra render um texto interessante. Li quase todas as postagens do facebook.
A cada frase cujo autor não era aquele assinado ao final, tinha vontade de gritar. Os erros grotescos, não assassinavam a língua portuguesa, desmoralizavam seu corpo sem vida com requintes de crueldade. Crime hediondo!
Me vi ali irritada com tanta gente que necessitava ser admirada, demonstrando aquela carência habitual, proliferando a ignorância do auge da soberba de tal maneira... E para quê?
Quem melhor que nós mesmos para nos acharmos? Mesmo que às vezes estar perdido, em pensamentos ou na vida, nos sugira a melhor alternativa!
Deveria ser criado o dia do “egoisticamente correto ou incorreto” como queira. Falar o que sente de verdade, se houver quem goste beleza, se não, tanto faz.
Acredito que não seja somente a inteligência que esteja em falta, careça espontaneidade também. Usamos tecnologias todos os dias, somos quase escravos, mas ainda estamos no comando, nunca seremos os robôs. Ou seremos? O que você diria “egoisticamente falando”?
Hellen Cortezolli
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