Cumprindo às manifestações nacionais, ontem o Amapá foi às ruas, tendo como pauta principal melhorias no transporte público, e, como subsidiário, a indignação de uma Nação com a deturpação escrachada da democracia, em seus mais diversos âmbitos: corrupção, má prestação de serviços públicos, ingestão da coisa pública, entre outros.
20 mil pessoas, munidos de cartazes, não obedecendo a lideranças partidárias (movimento livre e espontâneo), pediam os olhos dos poderes para os problemas locais e nacionais que temos enfrentado. Vinte mil indignados, jovens, velhos, crianças, uns compreendendo bem o porquê do protesto, outros com aquele leve quê de “algo está errado nesta merda”.
Dois fatos sobre a manifestação de ontem precisam ser pontuados:
No primeiro momento, a passeata foi linda, as 20 mil pessoas protestaram pelas ruas da cidade com cartazes, bandeiras, muita criatividade e pacificidade. Por volta das 18:40h, na esquina do Palácio do Governo, bandidos infiltrados no movimento (que conseguiram, em parte, estragar a manifestação) provocaram os policiais, arremessando pedaços de pau, latas de cerveja, pedras e rojões. A polícia, que além de manutenção da paz, é o órgão repressor do Governo, mostrou as suas armas. Foram bombas de gás de pimenta e tiros de balas de borracha.


Ontem foram tantas cenas lindas e outras tantas horrendas. Uma mistura de liberdade, pacifismo, vandalismo e truculência. Espero que sirva de reflexão para todos. Estou orgulhoso da manifestação pacífica que participei e decepcionado pela violência que vi no segundo momento. No entanto, ressalto a legitimidade do protesto: É preciso lutar pelos nossos direitos, sempre. Mas de forma coerente e inteligente. O Brasil acordou e promete mudar. Que isso ocorra no voto, que junto com manifestações populares, é a arma do povo.
"Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis"
Elton Tavares
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