Por Paula Monteiro, do Portal Amazônia
Em um resgate e valorização do surrealismo, o artista plástico amapaense Ivam Amanajás brinda os amantes das artes com sua mais nova exposição intitulada “Navi – Uma Viagem ao Magnífico Cérebro Assombrado”. A mostra conta com 24 telas inspiradas em homens robóticos, natureza mecanizada e vida artificial cotidiana focados na vanguarda. Os trabalhados são expostos no Teatro das Bacabeiras, de 31 de outubro a 7 de novembro, às 20h, na capital. A entrada é gratuita.
odas as telas são emolduradas e poderão ser compradas pelos visitantes. A coletânea possibilita que o espectador conheça um mundo de enigmas e mistérios que instiga os questionamentos do ser humano. “Navi (anagrama do nome de Ivam) funciona como um instrumento que permite viajar no magnífico cérebro assombrado. Sem que se perceba, nosso cérebro vive em constante disputa. Navi é uma situação amplamente surrealista, cuja mensagem principal é a ampla dependência do homem para com a máquina e a tecnologia”, explicou o artista.
Conhecido pela sua originalidade e maestria nos trabalhos de cunho surrealista, Ivam prova que sempre se renova e surpreende, dominando diversos estilos nesta arte. O destaque estará nos detalhes das obras que representam a convivência do homem e a máquina, de maneira positiva e negativa, a destruição da natureza e modificação das tecnologias. “Um trabalho que será exposto será chamado “Coração do Homem”, o coração do homem, quando perde alma e simplesmente se torna mecânico para viver. Uma viagem é essa dependência positiva e negativa da humanidade ser amplamente dependente da máquina e da tecnologia”, disse Amanajás.
Arte surreal
Dominante de temas e traços nada convencionais, Ivam Amanajás cria um perfil diferenciado em seu trabalho e como o próprio artista destaca "...Sou da Amazônia, caboclo universal, e pinto com o barro da minha terra, mas as minhas imagens são para o mundo." A criação que contemplará a exposição antecipa uma visão futurística do planeta, abordando sobre a modernidade, progresso e destruição.
Lembrando-se de um dos grandes nomes do surrealismo mundial, Salvador Dali, Ivam aborda que a vertente artística é algo latente e amplamente imortal. “Qualquer coisa que não tenha um feito visual, um toque surreal, não é algo diferente e impactante. Ninguém gosta de assistir a um filme com imagem estática, todos gostam do espanto, do enigma e da surpresa. E com estas obras quero mostrar este mundo em que criei, pois como afirma um grande impressionista amigo meu, Padre Fulvio, as cores falam” concluiu.
Sobre Ivam Amanajás
Ivam Amanajás nasceu no dia 06 de outubro de 1956, na cidade de Macapá. Ele começou as atividades artísticas ainda criança. Aos 13 anos de idade o artista teve a oportunidade de participar de uma exposição coletiva no extinto Ginásio de Macapá (GM), junto com artistas plásticos prestigiados localmente, como R. Peixe, Antônio Homobono, Olivar Cunha, Abenor Amanajás, entre outros. Desde a juventude, já possuía uma forte tendência para o surrealismo, o qual aderiu por muito tempo. Mas Ivam Amanajás foi além, dominando outros estilos, incrementando-os em suas obras.
No ano de 1977, levou pela primeira vez a sua arte para fora do seu Estado. Suas obras foram expostas na Galeria Angelos e Teodoro Braga (1978), no Teatro da Paz, em Belém, no Pará. Na década de 80, o artista participou de diversas exposições em vários estados brasileiros como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, tornando a sua arte conhecida nacionalmente.
Fonte: Portal Amazônia
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