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segunda-feira, agosto 26, 2013

O cara que queria todas elas

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Não existe, para mim, NADA, nenhum gol de placa, paisagem ou obra de arte, que seja mais bonito do que uma mulher caminhando com um vestido que se movimente no mesmo ritmo dos seus passos.

Existem mulheres que andam com rapidez e precisão, como se tivessem um objetivo, um encontro talvez. Outras, apenas passeiam sem pressa, com um ar despreocupado.

Algumas são tão lindas, se observadas por trás, que me fazem diminuir os passos para não ultrapassa-las, com receio de ficar decepcionado. Mas tudo bem, se elas não me agradam de frente, de certa meneira eu fico conformado, pois infelizmente, não posso ter todas elas.

Milhares de mulheres caminham pelas ruas, calçadas e dobram esquinas diariamente  Mas quem são todas elas? E para onde vão? Será que seus corações estão livres? Se a resposta for "SIM", então os seus corpos devem ser pegos. E acredito que eu não posso me dar ao luxo de deixar passar essa chance.

Mas a grande verdade, é que elas procuram a mesma coisa que todos nós. Elas querem amor. E quem não quer amar e ser amado? Todos os tipos de amor. Amor sentimental, fisico ou simplesmente a ternura desinteressada de alguém que escolheu outro alguém para si e não tem olhos para mais ninguém. Não me encontro nessa situação. Olho para todas.

Como alguns animais, as mulheres bonitas parecem hibernar. Durante algum tempo desaparecem. Não são vistas. E então, quando a chuva passa, no primeiro raio de sol, como se tivessem combinado ou recebido algum tipo de ordem de mobilização, elas aparecem às dezenas nas ruas, com roupas leves e saltos altos. E a vida recomeça.

Uma coxa grossa e bem definida é uma coisa maravilhosa, mas não sou inimigo dos tornozelos finos. Posso até dizer que me atraem, eles são a promessa de um alargamento mais harmonioso, subindo ao longo das pernas.

Recentemente, percebi que, no inverno, sou atraído por seios grandes. Entretanto, no verão, gosto dos pequenos, como duas pequenas maçãs, caminhando de mãos dadas. Mas o que têm todas essas mulheres? O que elas têm a mais do que todas as outras que conheço? Bem, justamente, o que têm a mais é isso: elas ainda me são desconhecidas.

André Mont’alverne

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