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sexta-feira, junho 14, 2013

Nem sempre somos brilhantes

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Ano passado, fui convidado por uma amiga para falar sobre o lance de ser blogueiro. Uma palestra ou algo parecido. Expliquei a ela que minhas atribuições e horários não permitiriam que eu aceitasse seu convite, mas adorei. Afinal, é um reconhecimento. 

Logo lembrei que, há tempos, disse a uma jornalista: “nem sempre conseguimos ser brilhantes”. Acredito mesmo nisso. Como falar, em público, de uma atividade que não sei se domino bem. Como ensinar sem saber? 

Conheço muita gente que escreve bem pra caramba. Inclusive pessoas que não são jornalistas, blogueiros, professores, advogados, ou seja lá qual a área de atuação que exija (no mínimo) uma redação marrômeno. 

Aliás, sou fã dos textos de várias figuras amapaenses, como o meu amigo escritor e compositor Fernando Canto, colegas de profissão, entre outros. Eles usam o hemisfério esquerdo do cérebro e conseguem redigir as coisas de forma diferente e inteligente. 

Voltando ao convite, como falar das minhas opiniõezinhas próprias, meus achismos, minhas conclusões (às vezes errôneas e precipitadas) e minhas imposições, sobretudo musicais? Esse negócio é sério. Muito sério. Pois são as minhas verdades e pontos de vista. 

No “De Rocha”, falo de coisas sérias, divulgo cultura, publico poesias, músicas, fotografias, ajudo na cena artística, entre outras paideguices. Mas se der na telha, escrevo ou publico doidices, coloco palavrões nos escritos. 

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos”, dizia o saudoso Millor Fernandes. 

Sou fã dos blogs e sites que possuem conteúdos jornalísticos. Existem páginas com muita qualidade. Mas detesto aqueles que são meramente repetidores de textos de terceiros. Se você se propõe a ter uma página na internet, escreva! 

Também não gosto dos que vivem a enaltecer as elites e usam, como diz o meu amigo Fernando Bedran, a “Divisão da Informação da Vida Alheia - Secção Amapá (Divanap)” como tema para seus respectivos endereços eletrônicos. Tudo gente que pensa que pensa. E os devoradores de jabás então, que na ânsia de faturar elevam a falta de senso, burrice e puxa-saquismo a níveis escrotosféricos. Cruzes!

Ser blogueiro é ter sacada, emitir opinião, dar a cara à tapa, ter responsabilidade para não difamar e jamais se achar o dono da verdade. Adoro o fato de este blog ter caído nas graças de muitos leitores. 

Escrevo, quase sempre de improviso, porém, às vezes, passo por períodos de entre safra das ideias e fico sem inspiração diante do computador. Mas os e-mails com releases culturais ou informativos, além dos meus colaboradores, salvam-me. Quem dera fosse só querer e baixasse o espírito de Rui Barbosa e eu começasse a redigir como um gênio. Seria firmeza!

Ah, preciso dizer isso: por conta de alguns textos já postados neste blog, muitos me tomam como arrogante e boçal, mas quem me conhece sabe que sou legal. E disso eu posso gabar-me. Para minha alegria e a frustração de uma meia dúzia, tenho uma porrada de amigos. 

Trocando em miúdos, aqui discutimos o sexo dos anjos, falamos de coisas sérias, de jornalismo, diversão e arte. Mas também perdemos tempo com bobagens. Por que não? 

Sei que tem muita gente preparada para falar sobre blogs, jornalismo e o mundo midiático. Eu não. Acredito que é preciso humildade para assumir quando não se está preparado. Portando, seja você blogueiro, jornalista ou o “El Caralhon” de alguma coisa, pense nisso: nem sempre somos brilhantes. É isso. 

Texto Respostado

Elton Tavares

3 comentários:

  1. Eltão Brow!!,
    concordo com vocë e tu sabes a adimiraçao que tenho pelo teu profissionalismo, por ti enfim!! só acho que voce pelo menos poderia tentar dividir teu conhecimento, teus achismos, tuas opinioes,o que tu já fazes virtualmente, poderias fazer isso "ao vivo e a cores", mas como disse no inico te respeito e se voce ACHA isso não discordar do teu "achismo"abraços irmão!!
    Aog Rocha

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  2. Eu gostei particularmente desse texto, não só por ter sentido essa angústia receosa em dividir, mas porque pessoas como você e eu somos exigentes, muito exigentes. E, deste modo superficialidades nos sugerem mais do mesmo. Me refiro a ausência vez o outra do brilhantismo que sempre buscamos. Por mais que tenhamos sempre pessoas que nos são caras para nos incentivar a segurança para tanto, deve partir de nós. Amo-te!

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  3. Elton, demonstras uma humildade no melhor sentido da palavra, ou seja, não quer e nem tem porque parecer pior que os outros, porém, reconhece, com franqueza e peito aberto, que tem muito a aprender. Mas com essa rápida olhada que dei no teu blog, percebi que tens sim muito a dividir com outras pessoas que querem conversar sobre redes sociais, a exemplo dos estudantes. Gostei do blog. Vou visitar sempre. Abraço.
    Suely Leitão (Ascom/Ifap)

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