BOM MESMO É A GARGALHADA NO FINAL é um espetáculo musical em que Milton Dornellas apresenta composições autorais, apostando em uma roupagem acústica e bucólica, valorizada por cordas. O show traz músicas do seu novo disco, em que o autor se mostra encantado com as possibilidades de trabalhar com a música instrumental, que lhe permite exercitar a capacidade de expressar os sentimentos, expressar sobre as geografias, logradouros, relações humanas, de forma saudosa ou futurista, explorando os sons dos instrumentos. Mas, sendo apaixonado pelo som das palavras, também traz músicas de discos anteriores, com exuberância da presença textual. No geral, sua produção é fundamentada em reflexões sobre vários aspectos da vida: cotidiano, amizades, amores, desencontros, medos e prazeres. A sonoridade acústica deste show se diferencia dos trabalhos anteriores, com a utilização, por Milton Dornellas, de violões com cordas de aço e de nylon, viola caipira (dez cordas) e bandolim.
Milton se apresenta, acompanhado por outros dois músicos: Edu Brito (guitarra e violões), Chico Limeira (baixo).
Milton Dornellas Bezerra Júnior é natural da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Mas adotou a capital da Paraíba – João Pessoa – desde 1973, quando tinha apenas 14 anos. Em 1975, o artista iniciou seu aprendizado musical. Já em 1980, começou com suas primeiras apresentações ao vivo, sempre com trabalho autoral. Nesse mesmo ano, juntamente com os amigos e parceiros Pedro Osmar, Paulo Ró, Chico César, Adeildo Vieira e Totonho, fundou o MusiClube da Paraíba – entidade que colocou o fazer musical e sua cadeia produtiva na pauta política, apontando caminhos para uma ação cultural mais consistente. Em meados de 1980, o músico integrou o grupo musical ‘Etnia’, que realizava um trabalho de pesquisa de ritmos e instrumentos populares, idealizado pela ex-integrante do grupo Tarancón, Alice Lumi e o exintegrante do Quinteto Armorial, de Pernambuco, Fernando Pintassilgo, chegando a gravar o disco ‘Etnia – Ritmos e Instrumentos Populares’. No início dos anos 1990, formou o grupo “Assaltarte”, juntamente com o cearense Marcos Fonseca e o baixista Xisto Medeiros. Iam para as ruas, bares, lojas e rodoviárias, tocando uma única canção com a formação de baixo acústico, viola de arco e violão: foram mais de cem
“assaltos”, que resultou no disco “Assaltarte”, em 1994.
Durante a sua trajetória, Milton Dornellas lançou os discos ‘No Ventre da Besta’ (1986), ‘Mandrágora’ (1993), ‘Ancestrais’ – com o Quinteto da Paraíba (1998), ‘Sete Mares’ (2000), ‘Alinhavo’ (2002) e ‘O Gargalhar da Invernada’, lançado no ano de 2007.
Além de ter participado de grupos musicais e dos seus trabalhos solo gravados, Milton Dornellas também participou de diversas coletâneas musicais, a exemplo do ‘Cantata Popular’, ‘Coletânea Musiclube’, ‘UMES – Cantarena 5’ (CPC-UMES/SP), MPB/SESC e Canta Nordeste / TV Globo Nordeste, e ainda dos projetos Seis e Meia, Pixinguinha. Também registrou participações em CD’s de artistas paraibanos, como o grupo Jaguaribe Carne e também do CD ‘Laminas de Black Tie’ do cantor Paulinho Ditarso.
Em Macapá, o show acontece no encerramento da VIII ALDEIA DE ARTES SESC POVOS DA FLORESTA, que é uma realização do Sesc Amapá, em parceria com o Departamento Nacional da instituição, que após perceber que ainda faltava espaço para tantas produções artísticas no Brasil, decidiu criar esse projeto, que consiste em uma semana de apresentações de dança, teatro, artes plásticas e música, além das ações formativas como palestras, debates e oficinas.
O Aldeia de Artes é um desdobramento do Palco Giratório - maior projeto de circulação em artes cênicas no país - que, em quatro etapas no ano, no Estado do Amapá, promove o intercâmbio cultural dos fazeres artísticos nacionais, com itinerância leva apresentações artísticas do Centro-Sul ao Norte e Nordeste e vice-versa.
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