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segunda-feira, setembro 22, 2014

Obras inéditas do artista plástico R. Peixe serão expostas no Amapá

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Por Fabiana Figueiredo

Esculturas inéditas do artista plástico R. Peixe serão expostas no Amapá. As 118 obras estavam guardadas na última casa em que viveu o artista, em Natal, no Rio Grande do Norte, e chegaram em Macapá no dia 11 de setembro, trazidas pela família do pintor após 10 anos da morte dele. Além de exposições, os familiares de Peixe pretendem criar uma fundação para incentivar a produção de artes plásticas no estado. O pintor ficou conhecido por retratar cenários e elementos do Amapá e fundar a Escola de Artes Cândido Portinari.

Segundo o filho do pintor, Heliberto Peixe, algumas obras serão mostradas ainda em 2014. "Como são muitas telas nossa proposta é criar três exposições. Queremos fazer pelo menos uma mostra ainda este ano, porque os trabalhos não podem ficar guardados. A comunidade amapaense vai ter a oportunidade de ver essas obras que são inéditas, inclusive, há os últimos 10 quadros pintados por ele", disse Heliberto.

A Fundação Cultural R. Peixe também está nos planos da família. "Fizemos uma reunião e vamos fazer outra para definir como será a criação da fundação. Ela tem o propósito de não deixar todo esse legado no esquecimento", comentou o filho do pintor. A próxima reunião está marcada para o dia 30 de setembro.

A proposta inicial é para que a entidade seja um centro de exposição de arte permanente e um espaço para oferecer gratuitamente oficinas de arte para jovens e idosos, assim como "percorrer bairros e municípios com oficinas com o intuito de dar uma condição de envolvimento cultural", disse o Heliberto.

"Ele nasceu para a pintura e retratava tudo pensando no amanhã, pois gostava de registrar tudo", contou o filho, emocionado.

R. Peixe

Raimundo Braga de Almeida, o R. Peixe, nasceu no interior do Pará, onde cresceu e deu os primeiros passos na carreira de artista plástico. "Peixe" foi um apelido dado a ele porque era bom nadador. De acordo com a família, aos 10 anos, ele ganhou o 1º lugar em um concurso de desenho com o retrato de Pero Vaz de Caminha, quando estudava na escola Tenente Rêgo Barros, em Belém.

O artista plástico chegou ao Amapá em 1953, onde teve seis filhos. Dois deles, Betto Peixe e Irê Peixe, herdaram o talento do pai e são os maiores apoiadores da criação da fundação.

Em 1963, R. Peixe começou os estudos na Escola Nacional de Belas Artes. Após se formar, em 1973, o artista fundou a Escola de Artes Cândido Portinari onde foi professor até 1981. Após o término do casamento, R. Peixe viajou para a cidade de Natal, onde decidiu morar e pintar os cenários nordestinos. O artista morreu em março de 2004 e foi sepultado em Macapá.

As telas de R. Peixe retratam pontos turísticos do Amapá. Muitas obras estão expostas em órgãos públicos do estado e no Aeroporto Internacional de Macapá. Grande parte do acervo do artista também foi vendido para a França, Japão, Estados Unidos e Itália.

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