Deram um cavaquinho pro Eddie Vedder...

... e olha o que ele fez.

A voz desse cara não é nenhuma novidade pra quem ouve Rock and Roll há algum tempo, sabemos do que ela é capaz.

Quem conhece o seu álbum solo, que também é trilha do filme - "Into The Wild" (Na Natureza Selvagem) - também sabe que esse cidadão não precisa dos seus companheiros do Pearl Jam por perto para continuar sendo FODA.

Pois bem, saber de tudo isso (e podem colocar aí a discografia completa do PJ pra rolar, se quiserem se aprofundar no assunto) não vai te livrar da rara emoção que esse disco proporciona.

UKELELE SONGS

Esse álbum tem 16 faixas e apenas 35 minutos de canções curtas e simples de mais ou menos dois minutos e meio.

São músicas cruas, com riffs circulares onde não se ouve quase nada além do Ukulele (guitarra havaiana) e a voz abençoada do Eddie Vedder na intensidade de sempre.

A vontade de ouvir uma música várias vezes antes de passar para próxima é constante em todo o disco. É difícil destacar uma música num álbum completo como esse, e ainda tem a Patti Smith cantando junto em uma das faixas e tal.

Recomendo que essa obra seja degustada integralmente, e sem ninguém por perto. Depois indique para os amigos. Esse tipo de emoção é boa para ser passada em frente.

Sei que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas depois desse disco maravilhoso só nos resta agradecer a esse cara por não ter se matado como outros daquela geração. Aquele solo fértil deu frutos que caíram da árvore cedo demais.

Ah! Eu sei que é uma comparação bizarra, mas eu não consigo evitar...

...Se o tal cantor-surfista Jack Johnson tiver o mínimo de bom senso, ao ouvir esse disco deveria encerrar DEFINITIVAMENTE a carreira de músico e tentar outra coisa. Vender côco na praia talvez seja uma boa pra ele...

Quem tem Eddie Vedder não precisa de nenhum Jack Johnson.

André Mont`Alverne