Cuidado com os Tulius Detritus que passam por nossas vidas

Adoro gibi, sempre gostei. Fui leitor fanático de várias sagas de diversos personagens do universo dos quadrinhos. Meu amigo Fernando Bedran, durantes nossas bebedeiras habituais, sempre falava que é aficionado pelos quadrinhos de Asterix, o herói gaulês. 

Ah, para quem não saca: “Asterix é uma série de quadrinhos, francesa, que conta a história de uma aldeia de gauleses (antepassados dos franceses) que teima em resistir ao invasor romano – enquanto toda a Gália já se rendeu. A aldeia de Asterix resiste graças a poderes especiais conferidos por uma poção mágica”. 

Meses atrás, Bedran emprestou-me uma revista intitulada “Asterix e a Cizânia” (que aliás eu ainda não devolvi). O quadrinho conta a história de Tullius Detritus, personagem que semeia a discórdia, a cizânia entre os gauleses para enfraquecê-los e assim Roma possa vencê-los. Mas, ao fim, Asterix e seus amigos conseguem derrotá-lo.

Na trama, Tullius Detritus é o mestre da discórdia, astúcia, bandalheira onde ele chega, ele destrói, é a cinzânia em pessoa - fofoca, manipulação, articulador da discórdia, dedo de seta, o veneno em pessoa.

Aí me pego pensando nos Tullius Detritus do cotidiano. Figuras com jogadas sombrias, ataques sinuosos. Seres com a necessidade constante de mostrar superioridade. Muitos tentam se passar por espirituosos ou autênticos, mas são ardilosos, sombrios e perigosos. 

Portanto, tenham muito cuidado com o que vocês falam e principalmente para quem vocês falam suas coisas. Pois tá cheio de secador de pimenteira, escrotos, posers, soberbos , incoerentes e insensatos. Crápulas a espreita, motivados por inveja e armados de calúnias. Enfim, grandes filhos da puta. 

Deixo aqui um conselho: não deem papo, muito menos confiança. Acreditem, aprendi isso da pior forma. Além do mais, cedo ou tarde, eles se lascam. 

Elton Tavares