Seguidores

sábado, setembro 13, 2014

R. Peixe volta a foz do Amazonas

0

Acervo do artista plástico R. Peixe chega ao Amapá dez anos após sua morte. As 118 peças, que inclui quadros e esculturas, na maioria inéditas, estavam na casa onde o artista viveu em Natal, Rio Grande do Norte e foram trazidas a Macapá pela família, que pretende leva-las a exposição pública ainda este ano.

Além da exposição, o esforço da família em trazer o acervo inédito, se concentra na criação da Fundação Cultural R. Peixe, com reunião para ultimar os detalhes burocráticos agora no dia 30 de setembro.

“Esta fundação pretende reunir em um mesmo local uma exposição permanente do artista  com obras de artes e também realizar cursos de artes para crianças, jovens e adultos. Convidamos todos os segmentos artísticos para participar da reunião e somar com o projeto”, disse Beto Peixe, filho do artista.


Adicionar legenda
O trabalho de R. Peixe, como pintor e mestre, ajudou a formar toda uma geração de artistas que hoje compõem a cena das artes visuais amapaense. Suas obras servem de legado às gerações futuras pelo traço contemporâneo que carregam.
“O público terá acesso a obras nunca divulgadas e que ficaram guardadas durante dez anos. Até dezembro pretendemos realizar a exposição, que terá que ser dividida em três momentos, devido a grandiosidade do acervo”, enfatizou Beto.

Vida e Obra

Nascido em São Caetano de Odivelas, Pará, para morrer em Natal no ano de 2004, R. Peixe é conhecido principalmente pela sua vocação às artes plásticas, que retratam os pontos turísticos do Amapá. Entretanto, dedicou sua vida a outras três vertentes: futebol, carnaval e o mundo empresarial.

O artista paraense chegou ao Amapá no ano de 1953, já casado com Maria de Nazaré de Souza Almeida com quem teve seis filhos: Irezenilda, Sidney, Irenilda, Reginaldo, Heliberto e Idezenilda. Dois deles herdaram o sangue artístico do pai: Betto Peixe (Heliberto) e Ire Peixe (Irenilda).

Procurando aprimorar-se, entrou para a Escola Nacional de Belas Artes em 1963, porém cursou até o 4º ano. Realizou sua primeira exposição Individual em 1964, na sede do Esporte Clube Macapá.

R. Peixe também se projetou internacionalmente participando de uma exposição coletiva em Caiena, na Guiana Francesa, ao lado de artistas de quase todas as partes do mundo. Suas telas foram vendidas para França, Japão, Estados Unidos e Itália.

A arte impressionista do caboclo R. Peixe impressionou até mesmo o Presidente da Republica, na época Emílio Médici, que recebeu o artista em audiência, em 1973, agraciando-o com uma bolsa que lhe propiciou concluir os estudos na Escola Nacional de Belas Artes. Naquele mesmo ano, R. Peixe fundou a Escola Cândido Portinari, tornando-se professor de 1973 a 1981.

Na década de 1990 o artista mudou para a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte e logo começou a trabalhar intensamente para divulgar os costumes e as tradições do Pará, Amapá e Rio Grande do Norte em telas e esculturas que retratam a vida dos estados por onde passou.

Raimundo Braga de Almeida era apaixonado por Natal, mas a cidade de seu coração era Macapá, onde foi sepultado e velado no dia 4 de março de 2004.

Para quem ainda não conheceu suas obras, basta apenas visitar qualquer órgão público do estado do Amapá ou a sala de embarque do aeroporto de Macapá que poderá apreciar um pouco da beleza de sua arte.

Mais informações: Cinthya Peixe (8119-5552).

*Fotos e imagens de obras de arte encontradas no blog do Fernando Canto, Amapá minha Terra e Porta Retrato.

No Response to "R. Peixe volta a foz do Amazonas"

Postar um comentário